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Para ficar de olho: 4 startups catarinenses que nasceram durante a pandemia

Para ficar de olho: 4 startups catarinenses que nasceram durante a pandemia

Negócios passaram pelo programa da 49 educação no começo de março e já procuram investidores

Embora sejam negócios potenciais e escaláveis, muitas pessoas iniciam suas startups sem dinheiro, mas com uma ideia revolucionária por trás. Por ser um ambiente incerto e inconsistente, muitos empreendedores acabam não conseguindo alavancar seus negócios por falta de apoio no sistema de educação. 

Foi com o objetivo de mudar os gargalos na educação empreendedora no Brasil que a primeira Startup University do país nasceu. A 49 educação, criada em 2019 na Universidade de Stanford, no Vale do Silício, é voltada ao desenvolvimento de startups por meio de um modelo educacional que valoriza uma aplicação prática e rápida. Com metodologia própria, o curso conta com mentorias de empreendedores e investidores do ecossistema de inovação internacional e nacional. Como resultado, já nas primeiras turmas formadas, quatro startups alavancaram no mercado. Confira:

Izee

Izee trabalha com uma ferramenta whitelabel para imobiliárias, possibilitando que essas empresas tenham sua própria plataforma digital e entreguem uma experiência mais rápida e otimizada aos cliente. Construída a partir das dificuldades do CEO, o imobiliarista Thomas Fernandes, a plataforma democratiza e simplifica a transformação digital para imobiliárias, não importa o tamanho. Hoje, com a tecnologia, é possível fechar contratos em até 10 minutos. 

Mesmo sendo uma startup com três anos de CNPJ, o negócio começou a operar no mercado somente em fevereiro de 2020, quando participou da primeira turma da Startup University. “Como profissional do ramo, eu não conseguia acelerar o processo de locação de um imóvel, que é muito manual, retrabalhado e pouco digital. Quando falamos de fechamento de contrato, temos uma demora em média de 4,3 dias em todo Brasil. Para mudar isso, decidi empreender”, explica Fernandes. 

Veggi

Veggi, primeira foodtech de delivery de alimentos veganos e vegetarianos no Brasil, foi fundada no começo do ano por três catarinenses. A ideia inicial, que chegou a ser lançada no mercado, foi um marmitapp — uma plataforma de envio de marmitas que tinha como proposta levar almoço acessível para as pessoas. Porém, após o início da pandemia, os fundadores perceberam uma demanda crescente por produtos veganos e vegetarianos. A partir disso, começaram a atrair mais restaurantes desse segmento e o negócio nasceu. 

A busca nas diversas plataformas de delivery tradicionais fez os fundadores observarem que eram inexistentes os filtros e buscas por determinado tipo de alimento ou restrição alimentar, além de serem pouco confiáveis ou sem informações sobre a origem e composição dos produtos cadastrados nas plataformas. Em maio de 2020, pivotaram a empresa para um delivery 100% vegano e vegetariano. “Além da preocupação com o cliente, buscamos valorizar a cadeia como um todo, tendo taxas mais acessíveis para os restaurantes, condições de trabalho melhores para os entregadores e atendimento de qualidade para o consumidor final”, conta o CEO, Leonardo Nones.

No próximo ano, a startup planeja manter sua expansão local pela região da Grande Florianópolis (SC) e procurar investidores-anjo com conhecimento do mercado, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do produto. 

Captei

proptech Captei é uma startup que, por meio de uma plataforma SaaS (Software as a Service), possibilita que imobiliárias aumentem suas formas de captar imóveis, com redução de tempo e de custos. De acordo com Leonardo Fabra, CEO da empresa, prospectar novos imóveis e proprietários era um processo difícil, custoso e demorado para a imobiliária.
Para os próximos meses, a startup não está preocupada com futuros investimentos, mas em melhorar a experiência dos clientes. “Estamos totalmente bootstrap, sem nenhum aporte financeiro externo até começarmos a faturar com nossos clientes, para assim expandir com recursos próprios. Quando chegar o momento de captar fundos para expansão, conseguiremos fazer de maneira estratégica e com menos risco de errar”, conta Fabra.

Portal da Amazônia

Com o intuito de ajudar pessoas a encontrarem produtos naturais e artesanais de suas regiões de origem mesmo à distância, surgiu o Portal da Amazônia. Fundada pelos paraenses Rodrigo Nunes e Rafael Nunes, que hoje moram na capital catarinense, a startup trabalha com a venda de produtos típicos do norte através de marketplace, redes sociais e delivery na região da Grande Florianópolis. “Muitos dos clientes relatam que os nossos produtos trazem lembranças da terra natal e do bairro em que moravam. Foi a partir desse sentimento de nostalgia e ligação, que a nossa proposta de valor foi criada”, conta o CEO, Rodrigo Nunes.

O próximo passo do Portal da Amazônia é criar valor para moradores da cidade. Hoje, a maioria dos clientes são paraenses que moram na região. “Quem é de Florianópolis e prova nossos produtos adora. O nosso objetivo agora é tornar essas pessoas clientes e, além disso, inovar no nosso processo produtivo, para que ele fique mais rápido e eficiente”, completa Nunes.

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