Tecnologia

O que esperar de inovação nos processos licitatórios

O que esperar de inovação nos processos licitatórios

Tecnologia nas compras públicas foi o tema do Effecti Experience, confira as principais tendências discutidas no encontro

Recentemente ocorreu em Florianópolis o Effecti Experience, promovido pela startup Effecti, especialista em automação para fornecedores participantes de licitação. O evento levou para debate inovação nas compras públicas e contou com a presença de grandes agentes do ecossistema de licitações, como o atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, e o secretário da economia, Cristiano Heckert. Ao todo, foram 13 palestras divididas em dois dias de evento. Confira os principais destaques e insights para quem deseja entrar no mundo das compras públicas.

Licitação também é desenvolvimento regional

Rita Joyanovic, coordenadora da Bolsa Eletrônica de Compras  (BEC) de São Paulo, compartilhou durante sua palestra as ações da BEC que promovem o desenvolvimento do microempreendedorismo e fomentam a economia na periferia. Através do ADE Sampa eles promovem capacitações para empreendedores se qualificarem ao processo de compras públicas. “É possível ter desenvolvimento regional atrelado a licitações”, comentou durante a palestra. 

O estado nunca vai conseguir combater a corrupção

As empresas precisam se envolver na luta. Esse foi o tema central da palestra de Rodrigo Paiva, professor e diretor da Advocacia Geral da União. Rodrigo discutiu como é necessário haver legislação dura para as empresas, para que o risco de se envolverem em atos ilícitos seja maior do que as possíveis vantagens. O palestrante destacou a importância dos programas de compliance nessa empreitada. “Há a figura do corrupto, mas também do corruptor. É necessário atacar as duas pontas”, comentou.

Os planos do Governo catarinense

O secretário de administração Jorge Eduardo Tasca destacou no evento os planos de Santa Catarina para promover inovação durante os processos licitatórios. Tasca reforçou a importância de incluir novos fornecedores, planejar o uso de estoques, desenvolver uma rede de compradores e um canal de comunicação entre os agentes do governo que licitam. O secretário discutiu também os desafios para promover inovação no setor público. “Hoje eu só posso licitar soluções, tenho que descrever o que eu quero comprar detalhadamente, mas no futuro, quem sabe poderemos licitar problemas, para startups desenvolverem as soluções”, foi a provocação feita pelo secretário. 

Uso de robôs não fere a isonomia

O advogado da União, Rony Charles, trouxe para o debate o uso do robô de lances no pregão eletrônico. Para o especialista, a ferramenta, que automatiza os lances durante a disputa, não fere o princípio da isonomia. "Penalizar o uso da tecnologia é penalizar a eficiência. A isonomia deve ser respeitada pelo Estado, o dever do fornecedor é buscar se diferenciar da concorrência durante o processo licitatório", ressaltou Charles durante a palestra.

A Effecti atua no mercado de licitações desde 2013 e oferece ferramentas para diferentes partes do processo licitatório, são elas: Aviso de Licitações, na qual um robô identifica quando há oportunidades em editais abertos; a Automação e Envio de Propostas, com o preenchimento automático das informações nos portais de compra; a Disputa de Lances, em que o licitante pode definir os valores que está disposto a oferecer durante o pregão eletrônico; e por fim o Monitoramento do Chat do Pregoeiro, que facilita a comunicação entre comprador e fornecedor. A empresa conta com mais de 1 mil clientes, entre eles a Johnson&Johnson e a Cremer.

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