Nessa quinta-feira, dia 24/11/2022, o Brasil estreia na Copa do Mundo. Confesso que estou com aquele nervosismo habitual de uma estreia em um Mundial. Quero muito que a seleção canarinho levante o caneco no Catar e traga o HEXA para nosso país. Em todas as Copas esse tipo de coisa se repete. Nervosismo, aflição, a espera, a torcida, a raiva, a alegria e tudo mais o envolve um evento desse quilate. Mas isso, ao menos para mim, começou faz muito tempo. Quando? Consigo responder exatamente quando. Copa do Mundo de 1990. Brasil vinha fazendo uma campanha sofrível, assim como os Hermanos e, por um desses destinos que o esporte proporciona, o clássico aconteceria em uma 8ª de final do maior campeonato do mundo de seleções. E assim foi. Maradonna sai driblando no meio campo, toca para Caniggia, que dribla o goleiro e faz o gol da classificação dos Argentinos. Aos 9 anos de idade, o primeiro choro por causa de futebol. Os anos se passaram e chegamos em 93. Brasil continuava mal e chegamos ao fatídico Brasil X Uruguai. Seleção precisando empatar em casa para conseguir a vaga. Todos falando de mais um Maracanaço. Clima pesado. Um “tal de Romário” é convocado e afirma que o Brasil vai ao Mundial. 2 x 0 para o Brasil com o show do “tal”. Vamos para a Copa e o Baixinho diz que o Brasil tem sempre que ir como favorito e que poderia ser cobrado, caso o tetra não viesse. Lembro bem da competição. 7 jogos. Lembra quando falei acima sobre “nervosismo, aflição, a espera, a torcida, a raiva, a alegria”? Cada jogo foi exatamente assim. A final contra a Itália teve esses momentos bem definidos. O nervosismo da própria final, a aflição de ver um Italiano cara a cara com Tafarel logo no começo do jogo, a espera pelo gol(que não veio) do profeta – e futuro melhor jogador do mundo em 94 – Romário, a torcida(vale reza, promessa, abraço, choro…) no momento dos pênaltis, a raiva pelo pênalti perdido logo na primeira batida da nossa seleção e a alegria quando a bola do Roberto Baggio passou por cima do travessão e nos fez tetracampeões do mundo, após 24 anos da última conquista. Foi aí que nasceu todo o amor pela seleção. 28 anos após toda essa epopeia, cá estou novamente, esperando mais uma copa e com os mesmos sentimentos. Esse ano o hexa vem!!! Pode apostar!!!

Ah… e a Argentina? Perdeu a final da Copa de 90 e estava preocupada com muitas outras coisas na Copa de 94… Mas isso é para uma outra coluna.